segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Cabelos brancos
Primogênitos
Da tintura da matéria louca que se esvai
Efemerizando tudo?
Mensageiros que recobram a origem
Em que se vê o nada
Em branco acolhedor de todas as lembranças?
Da cor do tempo que caminha

(da cor do tempo em que caminho)
Do movimento dos mundos que se entrelaçam
De tudo que vi, vivi, não vi, ainda não vivi, ainda quero ver, ainda quero viver...
... Fica de tudo, se ao corpo é doado envelhecer,
A candura inexorável do fio-a-fio
De ser em branca cor, igual a todos no fim
Fica de tudo o alvo do irremediável velho
Chegando à cabeça de cada um
No surpreendente avistá-los: imagem do passado algum
E a tocá-los: arautos do sentido, do tempo na carne
E aos primeiros: (re) contá-los, prevendo-se o futuro
Objetivamente, matematicamente, em exatidão de vida e morte...


Nenhum comentário:

Postar um comentário