segunda-feira, 26 de maio de 2014


                 Querido, ou diria você. Como tem passado?
                 Sou tão boba quando estou apaixonada! Um telegrama seu chegou hoje. Aí você dizendo o que é para constar: traz notícias de que a sua vida está a salvo, por um dia, à toa, você resolve seus problemas com calma, calma. Isso passa a animar o meu dia todo, pensando que você ligou, ao menos até a tarde chegar. Estamos a meio-fio? Bobeira que não passa apesar dos dissabores, de tantos amores! Cogito o que poderia escrever a você, para quem será? Talvez seja uma conversa assim, comigo. Que te criei de repente. Se ao menos você existisse.
                Sentimentos confessados, por códigos binários, mas no lugar do apenas um. Um sozinho. Um somente. Mensagem num tempo perdido-encontrado, pelo meio de letras e imagens que caem, chovendo em teus olhos, do que acontecera-acontecerá.
                Vontade de dizer tudo. E que seja logo. E que a gente se conheça rápido. Sem perceber que o tempo foi passando e nem nos víamos mais. Gostando... gostando... embaraços até o fim: assim eu sentia quando eu te queria muito. Ontem? Causo-te espanto com essa paixão absurda que está mais por ali? Canto-te em linhas incertas de versos trágicos, penso tanto para esquecer. O que existe mais para eu te dar. Sem palavras, sem voz. Exite a melodia que eu te quis?
                Malibu sem você não há. 

quinta-feira, 8 de maio de 2014


esquizoesia ao relento

canetas brincam
do universo querem saber mais
pela tua escritura
da poesia perfeição, na qual fodeu-se o verbo,
o que levo?
recorri a mitos eróticos, flutuantes, 
para te compor em lastros de loucura
(que se fez monturo de mim e de todos?)
E destrinçando ideias para rolar um verso
surgem palavras cálidas da tua verdade
nesse poema sem chão!
no que sigo e vou
da noite amena do poeta barato