quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Gari

O lixeiro está passando
O gari já recolheu as duas sacolas plásticas do Hiper Himalaia,o da logo vermelha... que
estavam em frente a casa da velha senhora
Na calçada sem ninguém antes tê-lo aberto a procura de restos bons foi uma sorte
Atravessou a rua em busca de mais lixo ziguezagueando na chuva da noite quente embrional
Seu uniforme cintilava aquelas cores de atenção laranja e cinza
Luzia no asfalto baixo e molhado salpicado de folhas amarelas secas descaídas sob a árvore frondosa em vários tons de marrom de verde
E dava pra ver o gari

Em sua missão noturna na tribo dejética, no piche partido pisa em círculos de neon
Mas que verdade tem no lixo reluzente catador!

thiza

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Nāo se pode ir contra o tempo
Esta avalanche de coisas
Filtro das ilusões, rotina cambaleante que se esvai à mercê de horas sonhadas, no doce martírio
Há que se acreditar em cada minuto e segundo como o desejar do dia e da noite, pleno de incertezas, sem saber o porquê

A contingência do universo nos abraça
Da paralisia, micro movimento contínuo, inércia que desvela nossa condição no mundo
Seres em construção
Por isso somos todos irmanados pela vida 
Húmus, o outro somos nós

Thi za

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017



A rima ri
na linha má
que tu bebeste
para mim,

Antontem

tolos tontos de totem de antes
tantos que todos os que não veem
e não sabem

POSER                                                                 PUZZLE

de farpas ao redor crucificado
aos porcos parquinhos no verso riso
agoniza a tua palavra lavada
arrependida
cremada
na vala mais bela
desce a cidade
em patas dedos cascos caninos
suína mente solene
tu nadas em pernas que se misturam
sudoríparas incisivas
elas roem a tua líricaescrotagentil
essa tua chapada e aguada vara poética
de pivas no capim
por vastas vibes encharcadas
da antologia trêmula
bebida à vácuo
Seco o excremento anima,
à primeira vista,
tu te bastas,
, no só,
na bile que te esvai
A rima ri
Ao dilema errante
Do desalinho do poeta
Equidistante

POEMX

Thi Za
Queria ir pra Jundiaí
De bike pra curtir um rolê
Mas não consegui companhia em SP
Por isso vou pra Goiânia de ônibus
Que é como se eu estivesse andando pra algum lugar

Pra esquecer

Thiza


Separação, anxiety ou o sol que se foi para sempre
Desertos são desertos em toda parte
Pedaços de saudade
Corações partidos
E lembranças cruzam os mares
Estilhaços do amor perdido
Ferem a carne
Tempestades de raiva
Refletidas interseptam grande medo
Terremotos imaginários
O devaneio
Para o dia seguinte
O presente descalabro
Dúvida destino desejo furta cor

Thi za

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Receita Re Sinto
Labirinto
Recinto de dor
Para o que sinto
De Cor
Laca Branca de Óxido de Titânio
e Corante Aramelo
Crepúsculo
Cloridrato Revestido
Vide Blue


Thi Za

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Urbanidades
Bala nas cidades
Cida, dania do Norte
e Rebecca de Tailleur (tomam uma, duas, não mais que três
pra não perder essa viagem e o dia quente demais)
Cida espera o seu chefe traficante de maravilhas dar um zapp enquanto Rebecca, defensora dos direitos da sua própria libido, virou um curta - um metro e meio de puro tesão da zona ao sol quente, bateu muita perna. Divulga-se na boemia entre a sarjetinha e a gelada, meu bem. Do copo de vidro rachado, o acolhedor amor de um sujinho original. Desfrute máximo elementar que acalma a brea de Rebecca, ou seríamos nós?
Ela, mulher por fora e por dentro também, em frente ao excelentíssimo juiz. Ressalta o passado-presente-futuro que anda nela, aqui mesmo nesta ruela torta, por onde vai. Sem placa. Ao lado da garagem abandonada, faltavam duas letras, ainda mais, faltava alguém.
O pleiba que não era pleiba perde a mochila pros moleques de bici, de acordo com a cadeia alimentar, na rua do Norte, sem gênero, aos trinta graus, naquela esquina, dizem que está assim essa cidade..
Te esperta e abre esse olho.
Pele de pupunha. Um dos moleques abre a mochila e eles encontram muitas coisas fascinantes, como "O pequeno livro dos cinco passos para se tornar um hipster"! Ah essa cor de jambo no olhar! Moça bonita também tem. Meus deus que calor! Uma chuva por favor, se deus quiser. Uma catuaba manda aí, que estou ao léu... Pra levar, que vou flanar, sumir no mato desse céu de aranhas. Porque o tempo parou. Se deus quiser.
A ex meretriz agora atriz dos direitos humanos. Rebecca, a humanista, se oferece pra chupar mandioca muito bem, depois de contar do famoso trans local que transa quimioterapias com perucas maravilhosas e coisa e tals, exemplo pras manas.... Cida, vai pegar uma outra lá 
que essa eu já paguei............................
E que vai pra SP pra oito dias de reunião com as senhoras bem vividas sucedidas socialmente pelo bem do pau-brasil e em defesa de ser o que é, sem poder negar, somente pra convidados polites, a saidera, urbanal.
Thi Za