Mundo
viajante, estreito vagão, divagante, a deslizar o caminho
Mundo
de um punhado de sabão em pó, papel higiênico e café
Mundo
tripulante, da casa, do caos, dobrando-se em formato de lenço de
bolso
Aquelas
saídas noturnas, solitárias, de doses de pinga ao abordar o Nada,
de caminhadas a pé
Mundo
de atrito entre as escovas nos dentes, paracetamol, apaga o cigarro, a
medir o pulso
Mundo
padaria, supermercado, boteco, carro, fotografia
Mundaréu
coisante de coisas, on line, a dor no peito que não se vê
( E já não há?)
Naquela
busca da naturalidade perfeitamente necessária, biografia
Escarcéu
de fluxo coisado, passeata em pane de gente
Mundo
de multidões e de boa gente, que falta, que sorria
Mundo
de beijo no olho, despedidas sem adeus, sarcasmos inebriantes
De
façanha popular, do silêncio na sala, de íntimas contradições
Mundo
tão vasto de se sentir pequeno e tão pouco para se sentir tão
importante
Das
oportunas demolições das verdades em pedra,
Do
viver edificante rondando a si mesmo
Mundo
que escapa
Imundo
das unhas pretas a palitar os dentes
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